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Como os radicais trans causaram derrota ao movimento LGBTQ (III)

03 de Setembro de 2025

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Como os radicais trans causaram derrota ao movimento LGBTQ (III)

John Horvat

Mudando a natureza humana

Nas palavras de activistas e simpatizantes trans, há três razões que explicam o falhanço do movimento.

A primeira razão foi a revolução que mudou a compreensão da sexualidade, introduzida pelo movimento trans. Ao contrário dos activistas homossexuais anteriores, que apresentavam a sexualidade como uma escolha, os novos revolucionários desafiaram a ideia de uma rígida dicotomia masculino-feminino e conceberam a identidade sexual como um espectro infinito. Para eles, o sexo tornou-se arbitrário e «atribuído ao nascimento».

De acordo com Confessore, os radicais defendem que «todas as pessoas têm o direito de determinar o seu próprio género, independentemente da maneira de se vestirem ou da sua opção pela transição médica». Essa identidade poderia até mudar de mês para mês ou de dia para dia, e a sociedade seria forçada a conformar-se e adaptar-se.

Os activistas trans infundiram uma noção marxista da dualidade sexual masculino-feminino como uma estrutura opressiva (e até racista) que queriam ver abolida. Andrew Sullivan observa que, para os revolucionários trans, a causa LGBTQIA com mais outros 70 «géneros» é uma revolução unida pela «interseccionalidade». Assim, a causa trans entrelaçou-se para incluir todas as causas esquerdistas, desde o Black Lives Matters até ao Queers for Palestine. Já vimos que até a bandeira do arco-íris abrange agora um espectro confuso de listas e triângulos que poucos entendem.

Esses mesmos activistas insistiram em que tal perspectiva revolucionária se tornasse narrativa para toda a sociedade, que fosse reflectida na lei, ensinada nas escolas e praticada em instalações médicas. Não permitiam excepções. Qualquer pessoa que rejeitasse essa visão passou a ser rotulada de intolerante, racista ou qualquer outra coisa pejorativa.

Essa desastrada politização e instrumentalização da identidade sexual atacou a natureza humana e tentou suprimir a oposição. Foi uma das principais razões que levou o movimento trans ao fracasso.

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Demasiado cedo

A segunda razão para o fracasso foi a insistência dos activistas trans em abandonar a política de mudança gradual que funcionou bem durante a lenta marcha do movimento homossexual rumo ao «casamento» entre pessoas do mesmo sexo. Mas como é uma táctica que pode levar décadas, não agradou aos impacientes e apressados extremistas trans.

Os activistas homossexuais da «velha guarda» têm criticado o movimento trans por não levar as coisas com calma e por tomar posições abruptas que causam reacções adversas no público e prejudicam todo o movimento. Eles afirmam que é melhor entrar no debate com espírito de diálogo em vez de confronto e que é melhor falar sobre casas de banho do que destruir as crianças.

De facto, a Revolução em ritmo acelerado tem um efeito que a contraria quando leva o público para um rumo que ele não quer seguir. É muito melhor preparar o caminho gradualmente.

 

Leia também:
Parte I
Parte II

Fonte: Return to Order

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