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O satanismo mostra-se cada vez mais claramente (Parte II)

21 de Maio de 2025

Valdis Grinsteins

Valdis Grinsteins

O satanismo mostra-se cada vez mais claramente (Parte II)

Parte II: América do Norte

De todos os continentes do planeta onde o Cristianismo dominou, a América do Norte é, sem dúvida, aquele em que o satanismo se tornou mais visível e descarado. Isto tem uma razão histórica muito clara. Desde o início daquilo que é hoje os Estados Unidos, foram para lá inúmeras seitas protestantes que eram perseguidas nos seus países de origem, onde se discriminavam entre si, pois cada uma podia professar a crença que bem entendesse. Com a independência, esta situação confirmou-se e oficialmente havia uma separação entre igrejas e Estado, pela qual cada uma podia escolher a sua religião. No início dos anos 60 do século XX esta situação estava consolidada, pois os americanos tomavam como termo de comparação a Rússia (onde era perseguido quem acreditasse em Deus) ou a Europa (onde ainda havia certa discriminação sobre quem não seguia a religião oficial do país). Com isto se vangloriavam os americanos de ter total liberdade religiosa.

Contribua com qualquer valor para o site "Cristãos Atrevimentos" Quero Doar Foi exactamente nos anos 60 que começaram a aparecer publicamente os satanistas. Em 1966 Anton LaVey fundou a igreja de Satanás e escreveu vários livros popularizando as suas crenças e publicando até uma «bíblia» satânica, em 1969. A comunicação social americana fazia propaganda dele convidando-o para shows e nas suas reuniões participavam pessoas que ambicionavam celebridade. Por sua vez, os crimes de Charles Manson, em 1969, despertaram interesse pela afiliação satânica. Em 1972, a influente revista Time publicou uma reportagem sob o título «Satanás regressa», mas mostrava principalmente um certo lado de comédia e psicodrama dos satanistas, apresentando-os assim como algo folclórico. Nos anos 70 e 80, quando o ateísmo já era «o normal», o satanismo era apresentado como crença de quem ainda não entendia a ciência e que por isso o via apenas como forma de se auto-glorificar.

Tudo isto começou a mudar a partir dos anos 90. Primeiro com a new age, depois com o desprestígio do ateísmo marxista. Se a guerra da contracultura tinha sido ateia, a nova rebelião contra a ordem, a partir do ano 2000, assumiu um carácter religioso. Foi assim que a revista Time pôde escrever: «O Templo Satânico vê Satanás como uma metáfora com inflexão do Paraíso Perdido que representa o cepticismo e a capacidade de desafiar a autoridade». Por isso agora se relaciona o satanismo com oposição e até com a guerra a qualquer tipo de autoridade, conforme já se vai tornando popular. Também por isso existe agora um vínculo entre satanistas, militantes da ideologia de género, anarquistas, abortistas, etc. Todos estão contra a autoridade, especialmente a autoridade de Deus. E de forma muito clara.

Os satanistas americanos são muito diversos. Embora alguns não acreditem que o demónio exista enquanto pessoa, defendem-no como símbolo de rebelião contra as normas. Em contrapartida, porém, todos se juntam publicamente para a celebração de missas negras, mais com o objectivo de ofender do que de pedir liberdade. Só se ofende aquilo em que se acredita, pois não faria sentido ofender um deus inexistente ou um deus cuja existência é negada pela maioria deles.

Filmes, estátuas, canções que glorificam massacres ou marchas a favor do aborto, fazem parte do repertório comum dos satanistas americanos, a tal ponto que muitas pessoas já nem reagem minimamente quando vêem esse tipo de manifestações. Os satanistas vão assim conquistando espaço e acostumando as pessoas à sua presença. Por enquanto não lhes convém favorecer abertamente o crime, enquanto se respeita a lei, mas já não está muito longo o dia em que eles vão passar da teoria à prática daquilo que defendem.

 

Veja também:
Parte I
Parte III

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